Relatos

12-12-2005 17:30

Daqui a Bagé, a Montevideo e a Iguape

No final do 5º Abraçando o Rio Grande prometi ao Cláudio Soares, master do Brazil Rider´s em Bagé, que eu estaria presente ao 9° Super Moto Bagé nos dias 02, 03 e 04 de dezembro de 2.005. E promessa é dívida !

Como o Gau e a raça do Brazil Rider´s de Santa Catarina iriam de motos e triciclo e teríamos que levar camisas, chapéus e patches para vender na barraca em Bagé, resolvi que a Fatiminha e eu iríamos, infelizmente, de carro (que sacrilégio !).

Aproveitamos a brecha e partimos com muita antecedência, no dia 27 de novembro. Saímos de São Paulo pela BR-116, atravessamos o Vale do Ribeira (SP), entramos no Estado do Paraná e descemos a Serra da Graciosa que, como o próprio nome diz, é lindinha, muito bem conservada, bem preservada como tudo no Paraná. Ao longo do seu traçado serpenteando pelas encostas da Serra do Mar, há muitos recantos públicos com toda a infra-estrutura para o lazer, para a convivência, e também passa por sobre os rios Mãe Catira e São João, que formam o Rio Nhundiaquara que banha a cidade de Morretes (PR), lugar onde chegamos para o almoço que aconteceu no Restaurante Terra Nossa, e onde saboreamos um competente barreado acompanhado de linguado grelhado e camarões ensopados e fritos.

Para fazermos a digestão caminhamos pela Morretes do Imperador, tomamos sorvetes, comemos doces de banana (como não poderia deixar de ser) e nos hospedamos na Pousada Trilha da Serra. Bem aconchegante.

Mais tarde uma piscininha e uma cervejinha com biscoitos gigantes de polvilho que trouxemos da Serra da Graciosa e que mais pareciam bequilhas de Boeing. Depois disso, cama.

28 de novembro

Fomos acordados pelo canto dos pássaros. Muito bom ! Um bom café, um passeio matinal à beira do Rio Nhundiaquara e depois, pé na estrada. Saímos de Morretes pela PR-408 (Rodovia Miguel Buffara), e depois entramos na BR-277, uma bela rodovia, até Paranaguá (PR) onde paramos para visita ao Centro Histórico muito bem preservado dessa cidade secular.

Em Paranaguá, na beira do Canal do Porto, visitamos principalmente os dois prédios do antigo Mercado Público Municipal. Um deles foi transformado em lojas do rico artesanato local, e o outro virou praça de alimentação, com a especialidade óbvia em frutos do mar.

Nosso pit stop em Paranaguá foi breve e retornamos pela mesma BR-277 para, logo após, entrarmos na PR-407 rumo a Caiobá (PR). A PR-407 é uma rodovia quase à beira-mar e que atravessa uma grande quantidade de balneários do litoral sul paranaense. Embora seja uma estrada bem conservada e bem sinalizada, é de se lamentar o seu excessivo número de obstáculos para reduzir (ou tentar) velocidades.

Em Caiobá pegamos o Ferry Boat para Guaratuba (PR), que faz a travessia da baía do mesmo nome. Esta travessia custa a cada veículo R$ 4,60 (US$ 2,00). A baía de Guaratuba é uma pequena enseada, uma angra linda, limitada no quebra-mar por uma praia em forma de ponta de flecha, digna dos traços de Debret ou de Rugendas.

Em Guaratuba seguimos pela Av. Visconde do Rio Branco para alcançarmos a PR-412 e pela qual fomos até Coroados (PR) já na divisa com Santa Catarina. Daí seguimos pela SC- 370 até Itapoá (SC), nosso destino final para o dia de hoje.

Em Itapoá o casal Osmar & Arleide, além do filho Felipe, nos receberam de braços abertos. Tivemos ali uma recepção nababesca com um churrasco muito do especial, saladas e outros bichos regados a brejas e vinhos. Motociclista é mesmo uma raça muito especial.

Apesar de termos ficado por apenas 1 dia, o Osmar me levou para conhecer toda Itapoá. Fui no seu sítio ainda em formação, conheci algumas das praias e a Vila dos Pescadores onde fomos buscar a matéria prima para o jantar.

À noite a Arleide e o Osmar nos prepararam linguado com camarão e palmito fresquinhos com molho de gengibre. Refeição de faraó ! Como sobremesa batemos um papo bem agradável e falamos sobre cousas e lousas. Depois, o sono dos justos.

29 de novembro

Tomamos um baita café, nos despedimos dos nossos hospedeiros e pegamos a SC-370 e sua continuação que é a PR-412 até encontrarmos a SC-415. Seguimos daí por esta última no rumo de Garuva (SC) até sairmos na BR-101, donde seguimos no rumo sul. Daí desviamos para Jaraguá do Sul (SC) afim de cumprirmos um compromisso doméstico, e retornamos à BR-101 no rumo de Palhoça (SC).

Como o dia estava mais quente que brazeiro de chão, diminuímos a toada da viagem e paramos por um bom tempo para almoçarmos e esperarmos o sol baixar um pouco, e chegamos à casa do Gau, na Palhoça, somente à tarde.

À noite, um bom papo, uma ótima comida preparada pelo Gau, cervejas, rum Captain Morgan, risadas e um sono merecido.

30 de novembro

Logo cedo, após o café, a Fatiminha fez uma pequena faxina na casa e eu fui para a Internet. Depois lavamos o páteo todo. Aproveitamos a ausência do Gau que tinha ido a Blumenau (SC) buscar camisas do Brazil Rider´s. Almoçamos e fomos dar um bordejo para comprarmos vinhos de Nova Trento (SC), tomarmos um bom sorvetinho e fazermos a digestão.

À tarde chegou o Foffão, master do Brazil Rider´s na Grande Rio, mais exatamente em Nilópolis (RJ), a bordo de sua Royal Star. Fui recebê-lo na rua e, somente para abaixar a adrenalina do recém-chegado, tomamos 5 ampolas de Brahma ainda na rua, numa espeluncazinha próxima. Aí chegou o Gau e, feitas as (des) necessárias apresentações, levamos o vivente para instalá-lo em casa (na casa do Gau).

Um pouco mais tarde, já descansados e prontos para irmos à reunião semanal do Floripa M.C., fizemos uma boquinha na luxuosa companhia da Mirian, viúva do legendário Alemão, a qual nos acompanhou ao único posto de combustíveis do país onde, às quartas-feiras, ao lado de bombas de combustível e embalagens de óleo lubrificante, é feito um baita churrasco, e o deste dia em especial teve até som ao vivo protagonizado pela Mirian, voz e violão, auxiliada pelo Pitanga, o tenor do Floripa M.C.. Mandaram muito bem.

Esta noite foi especialmente gostosa com boa roda de música e papo furado, a presença especial do Foffão, e o Cícero Paes levou ao posto seu triciclo camuflado para que eu o conhecesse. Demos uma canseira no pessoal do posto, pois ficamos lá até às tantas... e fomos todos nanar pois o Foffão estava cansadão da estrada.

01 de dezembro

Acordei cedo e vi que o Foffão havia saído de fininho rumo a Pelotas (RS), onde seria recepcionado pelo Henrique Clasen e pelo Lasareno, masters do Brazil Rider´s, além de outros companheiros gaúchos. Boa viagem, Foffão. Daí tomamos café, arrumamos toda a bagagem, que a essa altura já era muita, e pé na estrada.

Continuamos a descer pela BR-101 que neste trecho está uma merda. Em Laguna (SC) fizemos uma parada obrigatória para degustarmos pastéis de camarão e de siri. No trevo de Torres (RS), para sairmos do stress da BR-101 sem duplicação, entramos para desviarmos pela Estrada do Mar até Osório (RS) onde fizemos uma parada técnica. O único porém da Estrada do Mar é o número excessivo de pardais (radares fixos).

De Osório seguimos pela sempre excelente Free Way até Porto Alegre (RS), onde pegamos novamente a BR-116 no rumo de Guaíba (RS). Daí pegamos a BR-290 à direita e seguimos até Pantano Grande (RS), passando pela cidade de onde devem ter saído todos os vereadores, deputados, senadores e políticos em geral, chamada Arroio dos Ratos (RS).

Em Pantano Grande jantamos e resolvemos pernoitar na micro Pousada Neca Raabe, lindinha, arrumadinha, muito limpa e bem barata. Altamente recomendável.

02 de dezembro

Levantamos, tomamos café num posto de estrada e seguimos pela BR-290 por aproximadamente mais 130 km, onde entramos na RS-153 à esquerda, e seguimos por esta última até o entroncamento com a BR-293, a 10 km de Bagé (RS), a Rainha da Fronteira.

Importante observar que após Pântano Grande, o Posto da Fonte é o último até chegar a Bagé. Este posto fica à esquerda de quem segue para a fronteira.

Chegando a Bagé fomos diretamente para a Praça de Desportos onde aconteceria o 9° Super Moto Bagé, e tivemos uma maravilhosa recepção por parte do Cláudio e do Fernando. Ato contínuo, decidimos com a Organização do evento onde ficaria a barraca do Brazil Rider´s, e a instalamos estrategicamente no caminho para o palco e ao lado do local onde o Cruzando Sul M.C. faria os churrascos.

Daí fomos para o Hotel Medronha, que havíamos reservado “no escuro”, mas saímos correndo de lá por ser um lixo, e nos hospedamos no Hotel Pizarro. Nos instalamos e voltamos à praça do evento para terminarmos a instalação da barraca, e os companheiros foram chegando, chegando. Chegou tanta gente que meu velho cérebro (que funciona à lenha) certamente não conseguirá reter todos os nomes, mas vou tentar: Cícero Paes, Danilo, Cacá, Verani & esposa, Cláudio Soares, Jorge Alencastro, Robson Parisotto, Henrique Clasen, Lasareno, Canibal, Gentil, Carlos Chupitea, Nike, Foffão, e os companheiros do Cruzando Sul M.C., Comin, Pasetto, Malafaia, Lague & Dona Ana e tantos outros que a memória me trai.

Aproveitamos uma brecha no tempo e fomos almoçar no Restaurante Bom Gosto, simples, com atendimento correto, barato e com comida caseira deliciosa.

Nessa altura me informaram que o motor da moto do Gau, aquela que cuspia óleo pelas ventas, deu seu último suspiro e chegou na marra em Porto Alegre. Logo depois chegou o Gau todo faceiro a bordo de um carro alugado. Esse Gau não se aperta por nada mesmo...

No final da tarde e à noite nos deliciamos com um baita churrasco oferecido pelo Lague e pelos companheiros do Cruzando Sul M.C., onde fui apresentado ao rim de ovelha assado. Muito bom... só para experimentar,comi uns quantos...

A barraca do Brazil Rider´s esteve movimentadíssima, com muitas visitas, vendas de camisas, chapéus e patches, além de inscrições de novos membros para nossa Irmandade.

Devida à grande agitação de todo o dia, a Fatiminha e eu fomos dormir cedo, à 1:00 h da madrugada. O pessoal da gandaia ainda permaneceu na praça do evento.

03 de dezembro

Levantamos, tomamos café, arrumamos as camisas do Brazil Rider´s e fomos passear pela cidade. Compramos mel da produção local, tomamos sorvetes e compramos um par de sapatos leves de pelica, que mais parecem uma sapatilha de boiola. Mas eu uso.

Quando abrimos a barraca do Brazil Rider´s na praça, nos contaram que o Gau, o Verani e o Cacá tinham ido à Rivera, no Uruguay, para comprarem rum Captain Morgan, whiskies, perfumes e outros contrabandos mais, ou melhor, segundo o jargão do sapo barbudo, “mercadorias não contabilizadas” !

E o pessoal foi chegando em nossa barraca, e a praça foi ficando repleta, numa profusão de brasões, bandeiras e cores. Num giro pela praça descobri e fotografei o Matheus, um motociclista do futuro, à bordo de sua mini-moto de chupeta e tudo. Essa fera contava apenas com 1 ano e 8 meses de idade.

Ainda na parte da manhã chegou ao evento o casal de uruguayos Alberto Rosano & Judith Castro, que chegou com malas e bagagens de la ciudad de Minas, Departamiento de Lavalleja, em el Uruguay, a 500 km de Bagé a bordo de uma linda NSU 250cc ano 1950, conservadíssima, e com o sugestivo apelido de “el tortugón”. Esses são verdadeiros motociclistas aventureiros.

Como eu estava ostentando a famosa camisa pink do Brazil Rider´s, o Lague não resistiu a esse charme e adquiriu a outra camisa pink que havia, e daí ninguém mais nos agüentou, pois fizemos o maior sucesso. Uma dupla perfeita (quase)! Valeu a farra, amigo Lague. Como disse dona Ana, é preciso ser macho para se usar uma camisa dessas. Logo seremos convidados para a Parada do Orgulho Gay.

Na parte da tarde, enquanto beliscávamos outro churrasco do Cruzando Sul M.C., a praça ferveu de público e vendemos muitas camisas do Brazil Rider´s. Depois, quando assisti à apresentação do Globo da Morte, fiquei meio que embasbacado relembrando o passado distante, e veio um nó na garganta.

No início da noite houve o grande passeio das motos pela cidade, o qual terminou no grande jantar de confraternização, e coube ao companheiro Foffão abrir o desfile, à caráter, todo pilchado de papai Noel. O Foffão é mesmo impagável, ele foi um show à parte.

No final da noite fechamos o balancete das vendas dos produtos Brazil Rider´s, pois o Gau iria levar a sobra de volta para Palhoça. Aproveitamos para nos despedirmos da maioria do pessoal, pois todos iríamos embora na manhã do dia seguinte, e a Fatiminha e eu iríamos para o Uruguay. Assim, após tudo acertado, fomos para o hotel arrumarmos as bagagens e depois dormir.

04 de dezembro

Parabéns pra você, nesta data querida... 04 de dezembro... aniversário da Fatiminha, com direito a bolo no café da manhã e o cacete !

Após o café com gosto de festinha, fomos para a praça do evento para pegarmos mais algumas informações com o pessoal da organização do evento e para nos despedirmos de quem lá estivesse. Conversamos bastante com o Cláudio Soares que gentilmente presenteou a Fatiminha com uma camiseta do 9° Super Moto Bagé, e aproveitamos para nos despedirmos também do amigo Cassola.

Logo após nos encontramos com o Pasetto, Malafaia, Lague e Dona Ana, além do casal uruguayo Alberto Rosano & Judith Castro. Após mais umas boas risadas, fotos, abraços e beijos, nos despedimos deles também e vazamos para Ageguá (RS), rumo a Montevideo (ROU).

A estrada que leva a Aceguá, fronteira com a República Oriental Del Uruguay, é uma imensa reta cortando os pampas gaúchos ponteados por sangas, banhados, açudes e arroios. É lindo ver a grande quantidade de animais silvestres que cruzam essa estrada.

Chegando a Aceguá, que se situa em um cerro donde se avista o início dos pampas uruguayos, fizemos os trâmites aduaneiros sem problemas e rapidamente. Daí seguimos por uma rodovia tranqüila até Melo, onde reabastecemos e almoçamos no La Rueda uma excelente parrilla de entrecot regada a cerveza Norteña. Muito bom !

Daí seguimos para Treinta y Três e finalmente para Montevideo, onde após um rápido giro pelo centro, nos hospedamos no Íbis Hotel, em la Rambla. Grande visual !

Neste curto trecho através do Uruguay aprendemos que canudinho para bebidas é “sorvito”, que o nosso João-de-Barro é o pássaro-símbolo do Uruguay, tendo lá o nome de “el hornero”, que significa “o fazedor de fornos” por causa das casinhas que constrói. Motociclismo é também cultura.

05 de dezembro

Acordamos cedo, tomamos um bom café e fomos explorar Montevideo. Fomos à Plaza Independência e passamos a caminhar pelas ruas, avenidas e praças mais centrais, onde compramos coisas, tomamos jugo de pomelo e sorvetes.

Depois fomos para el Mercado Del Puerto onde se come a melhor parrillada e os melhores pratos de frutos do mar do sul da América do Sul. Lá degustamos no almoço um suculento filé de robalo ao molho de mariscos e vieiras, um baita filé de congrio com molho de ervas e camarões, saladas, arroz e batatas regados à competente cerveza Patrícia. Dos deuses, para se dizer pouco.

Enquanto dávamos um giro pela zona portuária para colaborarmos com a digestão, tivemos o prazer de trombarmos com o Benetton e com o casal Eduardo & Francine, de Santa Catarina. O Benetton é figurinha carimbada do motociclismo catarinense. Eles estavam indo a um encontro do HOG da HD em Punta Del Este.

Passeamos um pouco mais por Montevideo, admiramos bastante e devagar o visual que se tem a partir da Rambla, e resolvemos iniciar nossa volta. Juntamos nossas bagagens no hotel e subimos a Rambla até El Pinar. Daí pela Ruta 1-B passamos pela paradisíaca Punta Ballena, pela estonteante Punta Del Este e abastecemos em La Barra. Chegamos a pensar em ficarmos ali, por ser um lugar muito lindo, mas resolvemos seguir adiante.

Continuamos a subir pelo litoral uruguayo e estávamos tão absortos nas belezas que perdemos a saída para a Ruta 104 em Manantiales e tivemos que fazer um mini rally pegando a Ruta 109 em Jose Ignácio para atingirmos a Ruta 9 que nos levaria até Chuy. É que a Ruta 109 não é pavimentada e tem conservação que deixa muito a desejar. Pela Ruta 9 cortamos o norte do Uruguay chegando a Chuy onde fizemos os trâmites aduaneiros novamente de forma rápida, e paramos em Chuí onde nos hospedamos no Hotel Bertelli.

06 de dezembro

Logo pela manhã fomos para a Zona Franca de Chuy e compramos rum Captain Morgan (muito), whiskies e Amarula a pedido do Gau, ou melhor, do fígado dele, Para nosotros mais rum Captain Morgan, viños uruguayos, chocolates, jugos de pomelo e outras mercadorias mais, “não contabilizadas”.

Daí saímos em busca do Kalil, um companheiraço motociclista, comerciante local e morador em Barra do Chuí (RS). O Kalil é um grande amigo do Lague, e em função disso fomos procurá-lo a fim de conhecê-lo, pois muita gente nos havia falado muito bem do Kalil. E conseguimos encontrá-lo.

O Kalil foi extremamente simpático e atencioso para conosco, nos apresentou suas duas lojas e sua querida moto que ocupa lugar de destaque dentro de uma de suas lojas, nos ofereceu um almoço no Club de Chuy e teve o cuidado de pedir algo bem leve para que não comprometesse nossa ida a Pelotas. Gente fina, o Kalil.

Em meio à digestão nos despedimos do Kalil, compramos mais jugos de pomelo e caímos na estrada. Pegamos a BR-471 no rumo norte. Atravessamos o Banhado do Taim com olhares renovados, como se fosse pela 1ª vez. Ali a natureza dá realmente um show de vida.

Mais acima pegamos a BR-392 para Rio Grande (RS) onde fomos tratar de um assunto doméstico. Depois demos uma volta pela cidade, fizemos fotos e picamos a mula para Pelotas onde o casal Lucy & Walter Salazar nos aguardava.

Lá chegando tivemos como aperitivo um excelente papo cultural, e antecedendo o nababesco churrasco regado a vinhos de excelentes procedências, brindamos aos amigos e inimigos com um bom champagne. Motociclista fino é outra cousa !

Como o “hotel” do Sr. Salazar estava com lotação completa naquele dia, nos hospedamos no Hotel Curi, no centro de Pelotas. Caro e decadente, mas como estávamos cansadões, dormimos bem.

07 de dezembro

Saímos do hotel, fomos nos despedir do casal Salazar, abastecemos e pegamos a BR-116 rumo a Camaquã (RS) e Porto Alegre. Entramos em Camaquã para tentarmos comprar uma badana de pelica de porco, porém só nos foi possível encomendá-la na Correaria e Selaria Barbosa. Essa badana foi uma sugestão do Sr. Walter Salazar, antigo conhecedor de montaria, exímio cavaleiro e motociclista.

De Camaquã seguimos para Porto Alegre, de onde ligamos para o Lague, e onde pegamos a Free Way para Osório. Em Osório o acesso à Estrada do Mar (RS-389) estava em obras e nós erramos o desvio, daí entramos em Tramandaí (RS) e fizemos o contorno pela Av. Paraguassú até o acesso seguinte à RS-389.

No caminho paramos novamente na Tenda do Pelé, que é parada obrigatória na Estrada do Mar, e novamente degustamos queijos, embutidos vários, pururucas, cucas, abacaxis e o escambau. Tudo a 0800.

De La Barra (ROU) a Torres (RS) cruzamos com vários motociclistas que iam à reunião – Encuentro Internacional – do Hog da HD em Punta Del Este (ROU). Cruzamos também com muitas motos indo para lá em carretas, o que é perfeitamente explicável tendo-se em conta a marca das motos em questão...

Mal entramos em Torres e fomos à Praia da Cal para darmos um “oi” a Netuno e à Iemanjá. Feito isso, fomos à Concessionária Yamaha Pinho Motos para vermos uma linda XT 600 conservadíssima que lá estava à venda por valor mais que razoável, e pela qual me interessei e fiquei de entabular negociação via telefone nos dias subseqüentes.

Aqui cabe uma informação: Por algum motivo o Gau, no seu retorno do 9° Super Moto Bagé, passou por dentro de Torres, parou na Pinho Motos e viu essa XT 600. Quando eu lhe telefonei de Montevideo para saber se ele, e todos, tinham chegado bem, ele me avisou da existência dessa moto em Torres. Daí eu ter ido àquela concessionária.

Depois de eu experimentar a tal moto, nos hospedamos no Hotel Ondas do Mar. Simples, barato, bom e muito limpo. À noite fomos dar um bordejo pela cidade, comer alguma coisa, e depois, cama.

8 de dezembro

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