Manutenção da Moto

LUBRIFICAÇÃO DA CORRENTE: Todas as marcas recomendam que a cada 500 km você lubrifique a corrente, isso evita o desgaste excessivo apesar de sujar bastante a roda traseira, mas é mais barato limpar a moto toda semana que trocar um conjunto de relação que pode chegar a US$ 700,00 em algumas motos importadas. O lubrificante mais recomendado é óleo 90 (altamente viscoso) alguns preferem graxa náutica que é branca e não sai com água. Felizes os que têm eixo cardam!

CALIBRAGEM DOS PNEUS: Manter a calibragem dos pneus correta pode fazer a diferença entre estar em condições de fazer uma curva ou "seguir reto". As motos com pneus entre 170 a 190 (traseiro) quando usadas sem garupa devem usar de 38 a 40 libras (pneu quente).
OBS: O pneu quando aquece pode por dilatação do ar, aumentar a calibragem em até 8 libras, isto significa que um pneu calibrado frio e usado em condições quentes como uma viajem com mais de 45 minutos a uma temperatura ambiente de 20° C pode chegar a 48 libras, deixando seu pneu muito duro, perdendo sua aderência quando você mais precisa, nas curvas. Já o dianteiro deve usar 4 libras a menos que o traseiro, pois seu volume cúbico é menor. Se você preferir utilize Nitrogênio para calibrar, pois ele tem um ponto de dilatação mais elevado e isto mantém mais estável a calibragem. Resumindo, quando você for andar na cidade, calibre no máximo, mas quando for para estrada, lembre de acertar sua calibragem para menos, mantendo a melhor performance dos seus pneus.

TROCA DOS PNEUS: Quando você for trocar um pneu tenha alguns cuidados básicos: Procure sempre trocar em máquina de montagem, especialmente se for rodas raiadas. Após a troca lembre que todo pneu vem de fábrica com uma camada de cera bastante escorregadia e tracionar ou forçar uma curva é tombo certo! Mas como evitar isso? Se for pneu dianteiro, use uma lixa grossa de qualquer tipo e passe em toda banda de rodagem; Se for traseiro, vá até uma área de areia ou cascalho fino e dê uma patinada com no mínimo duas voltas no pneu e estará limpo, a areia funcionará como lixa. Quando trocar? Geralmente os pneus originais agüentam em torno de 10.000 km nas esportivas e 12.000 km nas custons, mas independente disso se você perceber que os pneus estão quase sem friso na faixa central, não hesite, troque-os. Outra maneira é se caso você começar a perceber que a moto está um pouco instável especialmente em curvas, examine primeiro a calibragem, se estiver correta, então desconfie do desgaste dos pneus. Como escolher o pneu certo? Há vários tipos de pneus, alguns mais duros que duram mais e são menos eficazes quando usados no limite e outros mais macios que duram menos, mas que são "verdadeiros chicletes" no asfalto. Pense em como você usa sua moto e faça a escolha certa.

PARAFUSOS EM GERAL: Sempre que lembrar, dê uma geral nos parafusos de carenagem, rodas, suportes, etc. A alta vibração provocada tanto pelo motor quanto pelo tipo de calçamento afrouxam sistematicamente os parafusos, portanto não deixe de manter sua moto sempre justa.

ÓLEO LUBRIFICANTE: Todas as fábricas não recomendam o uso de óleos sintéticos, pois você acaba só completando e raramente troca. Uma manutenção ideal é aquela em que você troca de óleo a cada 3.000 km e filtro a cada 6.000 km. As motos que andam em alto giro, quebram mais rapidamente as moléculas do óleo e por isso ele afina rápido, tornando necessário sua substituição. (entenda-se giro alto como 6.000 a 14.500 rpm). O mais recomendado para altos giros é o 20/40 e nas motos que andam com giro mais baixo pode-se usar até o 20/50 o mesmo usado nos carros em geral. Controle sempre o nível do óleo e acompanhe o "som do motor" ele revela muita coisa para você, as vezes você percebe o nível baixo do óleo pelo barulho excessivo das engrenagens, algo distinto do que você acostumou a ouvir.

GASOLINA NO TANQUE: Os mecânicos de competição no Brasil, recomendam que se use gasolina comum a maior parte do tempo, não adianta usar gasolinas especiais com maior octanagem, pois o rendimento na cidade e na estrada é imperceptível. O aconselhável é usar de vez em quando na estrada um ou dois tanques de gasolina aditivada para descarbonizar o motor e limpar as partes móveis. Manter o tanque sempre cheio evita que se formem gotículas na parte superior do tanque. Essas gotículas quando permanecem por muito tempo, tendem a formar ferrugem no tanque provocando oxidação das partes móveis de bomba, carburador, etc. Por isso, mantenha sempre o tanque o mais cheio possível o que evita também que a bomba receba sujeira ou água. Já que a água é mais pesada que a gasolina, ela sedimenta no fundo do tanque e quando você anda muito na reserva, ela vai para o motor e começa aquela sessão falha tudo!
BATERIA: Examine pelo menos uma vez a cada seis meses o nível da água da bateria, mas se caso sua bateria começar a dar sinal de vida, isto é, o farol enfraquece em marcha lenta, pisca junto com a sinaleira ou acende quando você acelera, pode procurar um posto e completar o nível da solução. Caso nada disso funcione, procure a loja mais próxima e troque-a, pois essas motos sem pedal de arranque são pesadas para empurrar mais de uma vez!
OBS: Se você for viajar e deixar a moto muitos dias sem ligar, desligue o polo (-) negativo da bateria por segurança e por precaução contra uma possível descarga da bateria.

MOTO NO DESCANSO CENTRAL: As motos com motor em linha, (cilindros um ao lado do outro) que tem carburadores um ao lado do outro devem preferencialmente ficar no descanso central. Essa medida serve para manter a equalização dos carburadores, pois quando a moto está no descanso lateral, por gravidade, os carburadores ficam com níveis variados de combustível facilitando a perda da equalização, responsável pelo funcionamento equilibrado de todos os cilindros. Caso a sua moto for ficar mais de três ou quatro dias sem funcionar, opte por usar o cavalete central, nos casos de esportivas que não possuem este, compre um cavalete de oficina que suspende a roda traseira.

CAPA DA MOTO: JAMAIS COLOQUE A CAPA QUANDO A MOTO ESTIVER COM O MOTOR AINDA QUENTE! Além do risco de incêndio por tocar partes super aquecidas, ainda há o fato da capa fazer a moto suar, e com o tempo oxidar partes metálicas.

 

 

Guia do Pneu da Motocicleta

"A única coisa que separa o imperdoável e duro asfalto e o piloto são os seus pneus. É melhor conhecê-los, respeitá-los e tratá-los bem..."


OS PNEUS DA MOTO - MANUTENÇÃO

Dica: tenha um calibrador do tipo "caneta" em suas ferramentas. Meça a pressão pelo menos 1 vez por semana, ou sempre antes de longas viagens. Se não for possível, cheque sempre ao abastecer.

Mantenha os pneus sempre na pressão correta. Um pneu com baixa pressão gera excesso de calor, podendo ocasionar até um estouro. Pneus em alta temperatura também gastam mais rápido. O defeito que mais para a motocicleta é o dano ao pneu.

Compre um calibrador e use-o regularmente, até que você consiga "visualizar" instintivamente se os pneus estão ou não cheios ou murchos demais. O uso do calibrador e a inspeção visual devem tornar-se um hábito.

Troque os pneus antes do tempo, nunca depois. Se os sulcos tem de 1 a 2mm, é hora de trocá-los.

A aparência ressecada ou rachada da borracha geralmente indica que o pneu está velho ou foi mal cuidado - e mesmo com sulcos suficientes, deve ser trocado. Rachaduras mínimas podem ser aceitáveis, mas se os pneus apresentar ressecamento e rachaduras em excesso, é hora de arranjar novos pneus.

CUIDADOS E DICAS

Pneus de motocicletas, como em qualquer outro veículo, fazem parte diretamente da performance, dirigibilidade e segurança. Muitas vezes tendemos a ignorar a manutenção necessária para mantê-los em ordem. Nas motocicletas, existem apenas 2 pequenas áreas de contato para nos apoiarmos - por este motivo é muito importante mantê-los em perfeitas condições.

Qualquer pneu, independentemente da perfeição de sua fabricação, pode vir a ter falhas resultantes de perfurações, impactos, pressão incorreta, sobrecarga ou qualquer outra condição inapropriada provinda de mau uso ou descuido. Falhas nos pneus podem gerar prejuízos patrimoniais, danos físicos e até a morte. Para reduzir esses riscos, leia atentamente estas dicas.

É altamente recomendável aos pilotos fazer a inspeção periódica dos pneus, retirando pequenos objetos em oficinas especializadas. Muitas falhas também podem ser ocasionadas devido a vibrações excessivas, lombadas, buracos ou pistas irregulares - portanto, qualquer anormalidade, consulte assistência qualificada.

É extremamente incomum um pneu bem cuidado explodir enquanto você pilota. Muito mais comum, se houver perda de ar, será gradual. Se lhe acontecer uma explosão ou perda repentina da pressão de ar, as informações a seguir serão valiosas: quando a falha ocorrer, baixe vagarosamente a aceleração, segure fortemente o guidão e tente manter-se equilibrado. Somente com a motocicleta em baixa velocidade e totalmente à mercê de seu controle comece a frear gentilmente. Gradualmente dirija-se ao acostamento (ou área segura da pista) até parar.

PRESSÃO DOS PNEUS

Mantenha sempre a pressão indicada pelo fabricante em ambos os pneus. Este é um dos mais importantes procedimentos para manter a segurança e durabilidade dos mesmos. O Manual do fabricante fornece os dados para a perfeita calibragem - feita sempre a frio. Lembre-se: em alguns modelos, a pressão dos pneus dianteiro e traseiro são diferentes. A pressão indicada na lateral de alguns pneus é a pressão máxima que o mesmo aguenta - e não a indicada pelo fabricante. Portanto, consulte sempre o manual.

Pilotar com baixa pressão nos pneus é perigosíssimo. Isso gera calor excessivo, podendo ocasionar danos.

Uso de baixa pressão pode, ainda:
- danificar o pneu levando à defeito
- prejudicar a dirigibilidade em curvas
- reduzir a vida útil do pneu
- aumentar o consumo de combustível
- ocasionar rachaduras por fadiga da borracha

Pilotar com pressão excessiva também é perigoso. Os pneus ficam mais suscetíveis à furos e cortes, ou podem ainda estourar devido a impactos.

Nunca infle um pneu a menos que ele esteja montado no devido local na motocicleta ou numa máquina adequada para a montagem. Inflar um pneu fora do local pode ser perigoso. Se estourar ou sair do lugar pode ter um efeito explosivo e causar sérios danos físicos.

VÁLVULAS, BICOS & TAMPINHAS

Válvulas e bicos velhos ou com defeito podem causar perda de ar. Troque-os sempre que montar novos pneus. Use as tampinhas - elas impedem que sujeira, poeira e óleo estraguem a válvula.

CHECANDO A PRESSÃO DOS PNEUS

- cheque a pressão dos pneus pelo menos 1 vez por semana, e sempre antes de viagens;
- cheque a pressão dos pneus quando os mesmos estiverem frios. Os pneus estão frios quando usados em dias não muito quentes, em baixa velocidade e menos de 1,5 km - ou quando a moto estiver parada por pelo menos 3 ou mais horas;
- se for extremamente necessário inflar os pneus a quente, adicione 4psi (28kPa) acima do indicado pelo fabricante. Calibre novamente com os pneus frios logo que possível;
- nunca esvazie um pneu quente para alcançar a calibragem indicada pelo fabricante; pilotagem em condições normais faz com que o pneu aumente sua temperatura e consequentemente a pressão; esvaziá-lo fará com que o pneu trabalhe abaixo da pressão;
-
se o pneu perde mais do que 2psi (14kPa) por mês, em uso normal, o pneu, a câmara, a válvula ou o aro estão com algum problema; faça uma inspeção em oficina qualificada;
- use sempre as tampinhas nas válvulas, evitando sujeira, poeira, óleo e conservando as mesmas sempre em perfeito estado;

PERÍODO DE ADAPTAÇÃO

Para que os seus pneus novos proporcionem uma performance otimizada, você deve pilotar cautelosamente durante os 150 primeiros kilômetros, isso para que a superfície do pneu fique mais áspera e trabalhe apropriadamente. Logo após a montagem dos novos pneus, acelerações e freadas bruscas além de curvas extremas devem ser evitadas. Além de ser útil ao piloto para adaptar-se às características do novo pneu, é essencial para que o mesmo adquira a aspereza para atingir a aderência máxima.

CARGA EXCESSIVA

A utilização da motocicleta com carga acima do especificado também ocasiona o superaquecimento dos pneus, podendo ocasionar danos imediatos ou a longo prazo, tanto na superfície quanto na estrutura interna do pneu.

CARGA SEGURA

Consulte o Manual do fabricante para saber com exatidão a carga máxima suportada pela motocicleta (determinada juntamente com o uso do pneu original). Altere a calibragem com carga máxima, também de acordo com o Manual.

Quando planejar uma viagem, tenha sempre em mente o peso do piloto, garupa e bagagem - bem como a distribuição desse peso.

Fique atento às restrições de peso quando for instalar e utilizar acessórios (alforges, bagageiros e malas).

Tracionar veículos (como carretinhas) na traseira de sua motocicleta não é recomendável por alguns fabricantes de pneus (como Bridgestone/Firestone) porque também são considerados como carga, embora não sobre a motocicleta.


PNEUS DANIFICADOS

Nunca pilote com pneus danificados - qualquer irregularidade (objetos espetados, bolhas, alterações na borracha, deformidades na estrutura) devem ser inspecionadas por uma oficina especializada.

BUSCANDO VESTÍGIOS DE DANOS

Após esbarrar ou passar por cima de algo incomum, sempre leve sua moto para ter os pneus verificados. Um pneu pode não ter aparentemente nenhum dano, mas pode deixá-lo na mão dias, semanas ou meses depois.

Inspecione seu pneu atrás de cortes, furos, rachaduras, bolhas na banda de rodagem e laterais. Bolhas ou inchaços podem representar problemas sérios. Leve o pneu a uma oficina especializada - às vezes ele deverá ser desmontado para um diagnóstico correto.

Verifique a profundidade dos sulcos - abaixo de 1mm - ou se há exposição das lonas, troque-o imediatamente.

Inspecione também como os pneus se desgastam. Um desgaste indevido de um lado somente pode ser ocasionado por problemas do pneu ou do veículo - consulte um especialista.

Verifique periodicamente os aros também - amassados, rachaduras ou oxidação - troque-os sempre que for preciso.

REPAROS EM PNEUS

Pilotar com pneus impropriamente reparados é perigoso - um reparo feito de maneira errônea pode causar danos ao pneu. Sempre
repare seu pneu em uma oficina especializada.

Ao levar seu pneu para ser reparado, informe se você utilizou algum tipo de aerosol para selar/inflar o pneu. Esses produtos podem conter gases altamente voláteis. O pneu deve ser esvaziado em local arejado, longe de eletricidade, faíscas ou chamas.

- Nunca repare um pneu com menos de 1mm de sulco - ele deve ser trocado por um novo;
- Nunca repare pneus com rasgos ou furos maiores que 6,4mm (1/4 de polegada);
- Reparos em pneus de motocicleta devem ser feitos com "plug" e remendo interno, nunca somente com "plug" (seja o pneu radial ou não);
- Nunca repare pneus com rasgos ou furos que não estejam na banda de rodagem - furos ou rasgos na lateral não podem ser reparados de maneira eficiente;
- Qualquer reparo efetuado sem a retirada do pneu do aro é inapropriado, e deve ser efetuado somente em casos de extrema urgência - conduza com cuidado até oficina especializada e refaça o conserto;
- Câmaras, assim como pneus, devem ser reparados por pessoas qualificadas;
- Nunca use uma câmara como substituta para um reparo apropriado.

Um pneu reparado não deve ser utilizado com as mesmas características de velocidade que possuía originalmente. Após o reparo, deve ser tratado como um pneu sem especificação para velocidade.

Velocidades acima de 80 Km/h devem ser evitadas durante 24hs após um reparo em pneus, e em hipótese alguma deve se utilizar um pneu reparado acima dos 128 Km/h.

Nunca monte pneus para automóveis em aros de motocicleta.

Nunca monte pneus dianteiros na roda traseira - pneus dianteiros vem marcados com "FRONT" na lateral. Ao montar pneus traseiros na roda dianteira, INVERTA o sentido de montagem do pneu (indicado pela seta na lateral do pneu).

Monte somente pneus sem câmara (Tubeless) em aros com especificação do fabricante permitindo a instalação sem câmara. Já aros com especificação de utilização com câmara (Tube Type) podem receber pneus sem câmara, mas com a utilização da respectiva câmara de ar.

ALTA VELOCIDADE

Independentemente da capacidade máxima de velocidade e dirigibilidade de sua motocicleta e pneus, perda de controle é inevitável ao se deparar com variáveis como tráfego, pedestres, outros veículos, tempo, imperfeições da pista, etc. Nenhum pneu, independentemente de sua construção, design ou índice de velocidade tem capacidade ilimitada para altas velocidades, e podem ocorrer falhas nos pneus se os limites forem transpostos.

PNEUS TIPO "RACING"

Pneus do tipo "racing" (corrida) nunca devem ser utilizados para uso em vias públicas. Esses pneus são construídos de uma maneira que são extremamente instáveis sob condições normais de pilotagem. Eles também requerem temperaturas de utilização bem mais altas para perfeita performance - e estas temperaturas não são possíveis de alcançar em velocidades legalmente permitidas...

CÓDIGOS DE VELOCIDADE (consulte ANEXOII)

Os pneus tem inscrito em sua banda lateral (ou flanco) o código de velocidade, que indica a capacidade de velocidade máxima para aquele pneu. Este sistema de códigos de velocidade permite comparar a capacidade de velocidade de cada pneu.

Quando comprar ou substituir um pneu, tenha em mente:

- use os códigos da tabela para comparar os pneus original e novo, sempre levando em consideração a recomendação do fabricante;
- para evitar a redução da capacidade de velocidade de sua motocicleta, nunca use pneus com códigos de velocidade menor que o original;
- lembre-se que a velocidade máxima da sua motocicleta é igual à velocidade máxima do pneu de MENOR capacidade.

GIRANDO NO LUGAR

Girar um pneu para retirar a motocicleta de um local onde ela possa estar atolada, como um lamaçal, gelo, neve ou até grama molhada pode ser extremamente perigoso. Um pneu girando no lugar a uma velocidade (de velocímetro) de 55 km/h pode em questão de segundos desintegrar em pedaços com efeito explosivo. Isto pode causar sérios danos físicos ao piloto, garupa ou pessoas próximas, além de danos à motocicleta.

RAIAÇÃO

Inspecione regularmente o estado dos raios. Raios tortos ou quebrados influenciam no balanceamento, causando perda de controle e desgaste prematuro de pneus. Cheque também a fita protetora interna do aro, que protege a câmara. Raios oxidados externamente podem significar oxidação de sua parte interna, podendo perfurar as câmaras.

GUARDANDO A MOTO

Ao guardar/estacionar sua moto procure deixá-la em local fresco e seco. Mantenha a moto longe de geradores, canos, motores ou qualquer outra fonte de calor. O piso deve estar seco, livre de óleo, gasolina ou graxa, para evitar deterioração da borracha. Guardar a moto expondo os pneus a condições impróprias diminui a vida útil e pode causar falhas durante seu uso.

LIMPEZA

Óleo, graxa e gasolina podem deteriorar a borracha, mesmo que o pneu fique exposto a eles por um curto período de tempo. Use um pano úmido limpo para limpar esses produtos do pneu.

Limpe a banda lateral utilizando somente uma solução de água e sabão com uma escova, enxaguando com água em abundância. Nunca aplique produtos para limpeza ou embelezamento dos pneus.

IDENTIFICANDO O PNEU

Os pneus vêm identificados por codificação universalmente utilizada. Existem 3 tipos de métodos para identificar os pneus: Métrico, Alfabético e por Polegadas.

IDENTIFICAÇÃO MÉTRICA:

Ex.: 130/80-17M/CTL 65H

130 = largura nominal do pneu em mm
80 = razão percentual entre a largura nominal e a altura do pneu
- = tipo da construção (o traço significa pneu "convencional") - vide Anexo IV
17 = diâmetro interno em polegadas
M/C = pneu específico para motocicleta (Motor/Cycle)
TL = uso sem cãmara de ar (TubeLess) - vide anexo V
65 = capacidade de carga (290 Kg) - vide Anexo I
H = índice de velocidade (210 Km/h) - vide Anexo II


IDENTIFICAÇÃO ALFABÉTICA:

Ex.: MT90-16

M = uso em Motocicleta
T = código da Largura nominal do Pneu - Vide Anexo III
90 = razão percentual entre a largura nominal e a altura do pneu
- = construção convencional
16 = diâmetro interno em polegadas


IDENTIFICAÇÃO POR POLEGADAS:

Ex.: 5.00 H 16

5.00= largura nominal do pneu em polegadas
H = índice de velocidade
16 = diâmetro interno em polegadas


IDADE DO PNEU

Alguns pneus tem inscrito além das especificação um grupo de 4 números (geralmente entre o nome do fabricante e o nome de fantasia do pneu, oposto à identificação) - estes 4 números representam a data de fabricação do pneu.

Ex.: 3403 = a primeira dezena (34) é a semana - trigésima quarta - e a segunda dezena, o ano (2003)


DICAS TOP-10 :

Um pneu negligenciado pode se tornar um pneu assassino. Leia com atenção e aplique!

1.) Pressão correta: calibre os pneus sempre que possível. Não existe procedimento mais simples, mais importante e mais ignorado do que esse. O que sustenta a moto é o ar, e não a carcaça - lembre-se disso. A pressão abaixo do especificado é a inimiga número um dos pneus. Dica legal: para aumentar a tração em condições molhadas, aumente 10% na pressão normal. Lembre-se: calibragem, sempre a frio.

2.) Mantenha a linha: Preste atenção ao alinhamento. Use uma linha no chão como ponto de referência - alinhe os 2 pneus sobre ela; utilize uma ripa de madeira, um cano, qualquer objeto alinhado e com comprimento suficiente, encoste-o na roda traseira e verifique se a roda dianteira fica paralela ao objeto. Em casos extremos leve a moto a uma oficina qualificada. Alinhamento perfeito assegura melhor controle e maior durabilidade dos pneus.

3.) Fique parado: trepidações são sinal de balanceamento impróprio. Verifique periodicamente, a cada 15 mil km rodados.

4.) Tampe sempre: a tampinha das válvulas não estão ali por enfeite - além da proteção contra sujeira e aumentar a vida útil das válvulas, elas são um grande aliado em altas velocidades, quando a força centrífuga tende a forçar a abertura da válvula.

5.) Sabão neles: a maioria dos fabricantes de pneus recomenda que a única substância a ser utilizada para deixar a borracha brilhando é a boa e velha mistura de água com sabão. Tenha certeza de sempre limpar lubrificantes, fluido de freio e combustíveis de imediato.

6.) Olhe antes de montar: com o simples procedimento de verificar visualmente algum objeto encaixado nos sulcos ou aderido nos pneus, antes de montar e ligar a moto, você pode evitar acidentes. Depois que estiver na estrada, é tarde demais.

7.) Lisinho é melhor: isso é senso comum - evitar buracos, imperfeições e objetos na pista é dever de todos. Mantenha sua integridade, e a dos pneus.

8.) Não misture tudo: nunca use pneus de diferentes construções ou propósitos. Isso se aplica a radiais X diagonais, street X off-road, com-câmara X sem-câmara. O resultado da mistura pode ser desastroso.

9.) Lixe o bicho: aderência máxima é obtida somente após um pequeno desgaste da banda de rodagem do pneu novo, então cuidado com as manobras iniciais quando trocar de pneu. Lembre-se: os primeiros 150 Km rodados exigem precaução em dobro.

10.) Não economize: trocou os pneus? Troque as câmaras. Alguns fabricantes sugerem a troca simultânea do Dianteiro e Traseiro, mesmo que o desgaste tenha sido diferente. Quanto vale sua vida? Pense nela, antes da economia.

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Anexo I
-----------------------------------------------------------
TABELA – CAPACIDADE DE CARGA
-----------------------------------------------------------
Cód Kg Cód Kg Cód Kg Cód Kg
-----------------------------------------------------------
15 69 33 115 51 195 69 325
16 71 34 118 52 200 70 335
17 73 35 121 53 206 71 345
18 75 36 125 54 212 72 355
19 77,5 37 128 55 218 73 365
20 80 38 132 56 224 74 375
21 82,5 39 136 57 230 75 387
22 85 40 140 58 236 76 400
23 87,5 41 145 59 243 77 412
24 90 42 150 60 250 78 425
25 92,5 43 155 61 257 79 437
26 95 44 160 62 265 80 450
27 97,5 45 165 63 272 81 462
28 100 46 170 64 280 82 475
29 103 47 175 65 290 83 487
30 106 48 180 66 300 84 500
31 109 49 185 67 307 85 515
32 112 50 190 68 315
------------------------------------------------------------


Anexo II
-------------------------------------------
TABELA - ÍNDICE DE VELOCIDADE (em Km/h)
-------------------------------------------
Cód. Vel. Cód. Vel.
A1 5 K 110
A2 10 L 120
A3 15 M 130
A4 20 N 140
A5 25 P 150
A6 30 Q 160
A7 35 R 170
A8 40 S 180
B 50 T 190
C 60 U 200
D 65 H 210
E 70 V 240
F 80 W 270
G 90 Z(*) 240
J 100
--------------------------------------------
(*) - o limite máximo de velocidade para os
pneus será estabelecido pelo fabricante para
cada emprego específico (INMETRO).


Anexo III
----------------------------
TABELA DE CONVERSÃO DE PNEUS
----------------------------
-- Pneus Dianteiros --
----------------------------
Metrico Alfab. Polegadas
----------------------------
80/90 MH90 2.50/2.75
90/90 MJ90 2.75/3.00
100/90 MM90 3.25/3.50
110/90 MM90 3.75/4.00
120/80 ---- 4.25/4.50
120/90 MR90 4.25/4.50
130/90 MT90 5.00/5.10
----------------------------
-- Pneus Trazeiros --
----------------------------
Metrico Alfab. Polegadas
----------------------------
110/90 MN90 3.75/4.25
120/80 MP85 4.50/4.75
120/90 MP85 4.50/4.75
130/80 ---- 5.00/5.10
130/90 MT90 5.00/5.10
140/80 ---- 5.50/6.00
140/90 MU90 5.50/6.00
150/80 MV85 6.00/6.25
150/90 MV85 6.00/6.25
----------------------------


Anexo IV
----------------------------------
TIPO DE CONSTRUÇÃO DE PNEUS
----------------------------------
cód. Tipo
----------------------------------
- Diagonal (bias)
R Radial (bias-radial)
B Belted (bias-belted)
----------------------------------


Anexo V
----------------------------------
UTILIZAÇÃO DE CÂMARA
----------------------------------
cód. Utilização
----------------------------------
TL uso sem câmara (TubeLess)
TT uso com câmara (TubeType)
----------------------------------


Anexo VI
-----------------------------------------------------------
OUTROS CÓDIGOS:
-----------------------------------------------------------
REINF Carcaça Reforçada
OV Construção por Superposição de lonas
REAR Pneu Trazeiro
FRONT Pneu Dianteiro
A Pneu Série Especial (após a marca fantasia)
"seta" Direção da banda de rodagem

 

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